O deputado que fico inelegível por prestar serviço de ambulância a eleitores de Betim, agora ataca com 13 clínicas de fisioterapia, nenhuma com registro no conselho da categoria.
O Sr. Pedro Ivo, mais conhecido como Pinduca, continua transportando a população carente do município. Agora com um atrativo a mais: Clínica de fisioterapia e ginástica laboral com transportes grátis. São 13 clínica, o número é um pouco excessivo pelo tamanho do município de Betim.
As clinicas são administradas pela associação do Moradores dos Bairros Santa Cruz, Vila Cemig e Vila Jatai, fundada pelo parlamentar em 2009, com nome fantasia Associação dos Moradores do PTB. O grande problema é que nenhuma delas tem registro junto ao Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional em Minas Gerais (Crefito-MG) e ainda, muito delas operam com estagiários em início do curso, sem a supervisão de um profissional formado, prática vedada pela legislação.
O meio de recrutar prestadores de serviços é através de páginas de emprego na internet, estagiários a partir do 3º período de curso, contrariando as resoluções do Crefito, que só admitem contratações a partir do oitavo período. As remunerações era de R$ 678 para 6 horas e R$ 454,00, mais ajuda de custo, para 4 horas.
Segundo o Jornal Estado de Minas, todas a clinicas estampam na placas o slogan do deputado - " O trabalho não pode parar" - que pretende sua vaga na Assembleia, já que ele está impedido pois foi enquadrado na Lei Ficha Limpa. Os Funcionário uniformizados com camisetas da associação que repetem o mesmo bordão. O parlamentar aproveita a inaugurações da clínicas para fazer festas, com direito a rua do lazer, e brindes para a criançada e discursos.
As clinicas de fisioterapia em Betim, com transportes atendem principalmente a região do PTB, que é comandada pela filha do parlamentar, Ciene Ferreira (PP), administradora da regional. Além disso, a responsável na Receita Federal pela associação, Laurinice dos Anjos Rodrigues, trabalhava até março no gabinete da secretaria de Administração da Prefeitura de Betim.
Não há investigação, questionada se as clínicas têm alvará de funcionamento, a prefeitura informou que é preciso o endereço de cada uma delas para verificar a existência da licença. Disse também precisar dessa informação para verificar se há algum tipo de convênio com a Prefeitura.
O Ministério Público, responsável pelo inquérito que redundou na cassação de Pinduca, informou, por meio da assessoria de comunicação, que não há nenhuma apuração em andamento sobre as clínicas de fisioterapia com transporte gratuito.
A reportagem do Jornal Estado de Minas Gerais, tentou falar com Vânia Elias, responsável pela coordenação e contratação na clínicas de fisioterapia, mas ela não retornou o pedido de entrevista. Ninguém na associação soube informar de onde vêm os recursos para a manutenção da clínicas. O parlamentar não foi localizado em seu gabinete e nem em seu celular. Também não retornou os recados deixados em seu gabinete.
